Prefeitura de São Paulo Declara Estado de Emergência devido à Dengue
A Prefeitura de São Paulo tomou uma medida drástica nesta segunda-feira, 18 de março, ao declarar estado de emergência de saúde em resposta ao alarmante aumento nos casos de dengue na cidade. Com mais de 400 casos confirmados por 100 mil habitantes, a situação requer uma ação imediata para conter a propagação da doença.
O decreto foi assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), seguindo o exemplo do Estado de São Paulo, que já havia tomado a mesma medida há pouco mais de 15 dias. A resolução será publicada em uma edição extra do Diário Oficial, destacando a gravidade da situação.
Além disso, o prefeito Nunes enviou o quarto ofício ao Ministério da Saúde, solicitando urgentemente o envio de doses da vacina Qdenga, utilizada contra a dengue. Apesar dos pedidos anteriores, a resposta não foi satisfatória, o que levanta preocupações sobre a preparação e agilidade do governo federal na resposta a emergências de saúde pública.
A incidência de casos de dengue na cidade atingiu 414 por 100 mil habitantes no último domingo, 17 de março. Até o momento, foram registrados 49.721 casos e 11 óbitos, representando uma porcentagem relativamente baixa em relação ao total de casos confirmados. No entanto, a preocupação persiste devido ao potencial de propagação da doença.
Diante desse cenário, o decreto de emergência permite a adoção de medidas administrativas urgentes, incluindo a aquisição de insumos, a contratação de serviços e a assistência à saúde dos pacientes afetados. Além disso, há a suspensão de férias e folgas para os profissionais de saúde, visando garantir a continuidade dos esforços de combate à dengue.
Para enfrentar a crise, a Prefeitura anunciou um investimento significativo de R$ 240 milhões, destinados a intensificar as ações de combate à dengue. Esses recursos serão direcionados para a ampliação do horário de funcionamento das unidades de saúde, a contratação de mais médicos e a compra de equipamentos essenciais para o controle do mosquito transmissor.
No entanto, a situação é ainda mais complicada devido à greve dos servidores da área de saúde, liderada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep). Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho e mais investimentos na saúde pública, destacando a falta de estrutura e recursos para lidar com a crise da dengue.
Nesse contexto, a conscientização da população sobre os sintomas da dengue e as medidas de prevenção é fundamental para conter a propagação da doença. A eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e a busca por assistência médica adequada são essenciais para proteger a saúde da comunidade.